Análise da relação entre a dinâmica espacial da Covid-19 em 2021 e estabelecimentos comerciais: contribuições do geoprocessamento
O novo coronavírus se espalhou rapidamente, logo após seu primeiro caso ser registrado em dezembro de 2019. Demonstrando a necessidade de estudos que auxiliassem nas ações de prevenção feitas por órgãos públicos da saúde. Neste contexto, o Programa de Extensão Geosaúde do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, buscando atender a demandas da Secretaria do Município da Saúde do Rio Grande, analisou a relação entre os casos confirmados de Covid-19 e sua proximidade a estabelecimentos comerciais. Utilizou-se, assim, dados da fiscalização realizada em janeiro de 2021 pela Vigilância Sanitária a estabelecimentos da localidade São Miguel, região do município com grande número de contaminados. Os locais que não atendiam aos protocolos de contenção da Covid-19 foram utilizados na análise. Desta forma, aplicou-se a técnica de Densidade de Kernel, para os casos confirmados nos meses de dezembro (2020), janeiro (2021) e fevereiro (2021), correspondendo ao mês anterior, durante e após a fiscalização. Além disso, utilizou-se a ferramenta “distância para o ponto central mais próximo” do QGIS, objetivando medir as distâncias médias entre os casos e os estabelecimentos. Obteve-se como resultado uma redução gradual da densidade de casos confirmados após as visitas da Vigilância Sanitária. Assim como, verificou-se que, ao longo dos três meses os casos ficavam mais próximo dos estabelecimento, podendo inferir que houve uma redução na disseminação de contaminados. Portanto, entende-se que as ações foram eficientes, pois podem ter auxiliado na redução da densidade de casos, bem como influenciado na diminuição da transmissão do vírus pelos estabelecimentos comerciais.