Análise da resposta bioindicadora de amebas testáceas ao processo de assoreamento de um lago urbano
Impactos antrópicos como a deterioração das áreas de cobertura vegetal em torno dos ambientes aquáticos, tende a provocar a intensificação das taxas erosivas, com consequente aumento no assoreamento. De modo geral, o assoreamento prejudica a fauna e flora lacustre e reduz a qualidade da água. Nesse sentido, para a análise de qualidade e grau de deterioração de um corpo hídrico, por meio de parâmetros físico, químicos e geoquímicos, pode-se associar a utilização de bioindicadores ambientais como organismos-resposta as alterações desses parâmetros. As amebas testáceas apresentam diversas vantagens para investigações ecológicas em escala espacial e temporal, sendo consideradas bioindicadoras da qualidade da água. Diante disso, objetivou-se verificar se a atual condição de assoreamento do lago Aratimbó (Umuarama – Paraná) tem causado alteração nesse ecossistema, mediante a utilização da comunidade bioindicadora de amebas testáceas para obter essa resposta. As amostragens foram realizadas em dois pontos, na região assoreada e não assoreada do lago, respectivamente. Foram registradas 21 espécies de amebas testáceas. Foram observadas diferença nos padrões abióticos entre os pontos analisados. Isto acarretou na mudança da estruturação da comunidade de amebas testáceas (abundância, riqueza e dominância), salientando seu papel bioindicador em ambientes aquáticos e comprovando que o processo de assoreamento tem impactado a biota local. Assim, sugere-se que a resposta bioindicadora das amebas testáceas devem ser consideradas em pesquisas referentes às ações de recuperação de ambientes degradados urbanos, como os que sofrem ação de assoreamento, visando a manutenção da biodiversidade aquática